São exatamente 11h51min, estou na redação da assessoria de imprensa da Prefeitura de Itabuna e deixo nesse momento todo o meu dever daqui, para cumprir mais uma obrigação: a de repórter, na mais pura acepção da palavra – profissional que tem como missão, tal qual o nome sugere, se reportar a um fato para levá-lo a outrem. Vamos ao fato.
Há aproximadamente uma hora, chegou aqui um rapaz chamado Adriano Barbosa Ferreira, de 26 anos. Ele chegou até mim através de minha ex-sogra – e terceira mãe –, Mariene Galdino. Aquele jovem, que para a dita elite seria “farofeiro, relentagem, ratataia”, alguém quase invisível, sofre de epilepsia desde criança (já chegou a ter 40 crises num só dia), além de ter um coágulo e focos no cérebro. Ele precisaria, enfim, do MELHOR neurologista da Bahia, Dr. Aroldo Bacellar, chefe da equipe dessa área no Hospital São Rafael, em Salvador.
Quatro anos atrás, aos 22 anos, ele conseguiu seu primeiro emprego, onde ficou durante sete meses; tempos depois, conseguiu uma vaga de ajudante de cozinha num restaurante. Porém, sua carteira não era assinada devido à epilepsia. O estopim para sua demissão foi o dia em que teve uma crise e caiu em cima do tacho de comida, naquele estabelecimento.
Sem condição de trabalhar, Adriano decidiu contribuir com o INSS – o fez durante um ano, quando morou em Campinas-SP, acidentou-se e uma alma santa pagava pra ele a tal contribuição.
Entretanto, o jovem pobre voltou para a Bahia. Seu pai, morador do bairro Nova Ferradas, em Itabuna, é analfabeto, está desempregado e não sabe lidar com o problema dele; assim como a mãe, que mal sabe escrever, mora em Itajuípe e também certamente se sente impotente diante do problema do filho; E ele (Adriano), sem poder contribuir com o órgão criado para dar seguridade aos cidadãos, começou há quatro anos uma humilhante peregrinação.
REPRODUÇÃO DO : BLOG DO BENE
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